Religiões são construções humanas a respeito do divino, do
infinito; daquilo que nos é inconcebível por sermos insignificantes diante da grandeza
dos mistérios.
Sendo que a vida como é, é absurda devido a total ausência da
intervenção divina, a existência de um Deus nos é inexplicável diante dos fatos
históricos.
Como disse Epicurus – 341-270 a.C.:
“Deus quer evitar o mal, mas não pode fazê-lo? Então não é onipotente.
É capaz de evitar, mas não quer? Então é malvado.
Deus pode e quer evitar o mal? Então por que permite a maldade?
Deus não pode e nem quer evitar o mal? Então por que chamá-lo Deus?”
Os enigmas da vida nos tem acompanhado desde sempre. Nossos “porquês” (“Por que nascemos? – Por que morremos? -
Por que Deus permite o mal?...) receberam respostas de todos os tipos e
naturezas ao longo da história da humanidade, por isso surgiram às diversas religiões,
cada uma delas tentando responder aos mistérios da vida e da morte.
A questão é que uma mente limitada não pode definir o infinito e jamais
entenderá uma fagulha que seja a respeito de um Deus. Tudo o que podemos fazer são
construções mentais, filosóficas e morais a respeito de como acreditamos que
deveria ser um Deus.
Portanto, as religiões não podem definir o que seja Deus, ou quem seja
Deus, mas como imaginamos que ele deveria ser. Cada um de nós escolhe um deus
conforme a sua concepção moral, conforme aquilo que entendemos ser o bem, o correto,
o digno, o desejável e conforme o pavor da morte que nos cerca.
Há inúmeros cardápios religiosos, todos recheados de opções
doutrinárias com o objetivo de anestesiar o pânico da morte e do desconhecido.
Nesse menu de opções encontramos todo tipo de ópio doutrinário, toda morfina emocional
que necessitamos para viver de modo pacificado nesta vida insegura e sem
garantias reais de saúde, paz e longevidade.
Por tudo isso, sou absolutamente descrente em relação a qualquer
serviço religioso a favor do bem, para mim um mundo sem religiões seria
infinitamente melhor para a humanidade, pois a religião é o que divide as
pessoas; fragmenta a humanidade; torce a verdade em benefício próprio; cria
fanáticos; produz guerras santas; estupra
o direito e o livre arbítrio; gera gente ignorante em escala industrial;
inflaciona o preconceito; transforma gente de bem em completos idiotas
arrogantes; amordaça a inteligência e o bom senso transformando pessoas em
anencéfalos; reprime e classifica fisiologias e biologia (sexo) de forma moral e torpe; assassina a razão a favor de dogmas
espúrios; castra, limita, esquarteja o Homem, o limitando ao máximo e o
deixando funcionando à míngua.
Por outro lado sou totalmente a favor da espiritualidade individual,
visto que somos seres espirituais vivendo uma experiência carnal. E, se
vivermos de modo espiritualizado, jamais fecharemos as portas da verdade, visto
que a buscamos de coração e que errando ou acertando a doutrina, estaremos
praticando o que é justo, o que é bom e desejável. Ou seja: o que importa é o
que fazemos e não o que cremos. Pois se morrermos e descobrirmos que há um céu
e um inferno, ou que não há um céu e nem um inferno, mas uma espiritualidade
com cidades e umbrais; o que isso importará se tivermos praticado o bem?
Ou se ao contrário, tudo o que tivermos aprendido estiver errado, se o
Cristo for apenas um mito e o correto for o budismo, ou o islamismo, ou o
javinismo, ou o taoísmo, ou qualquer outro “ismo” que exista, apenas seremos
informados de que a nossa crença estava equivocada, mas saberemos que praticamos
o bem e, que isso, sempre contará ao nosso favor, seja lá o ensinamento
religioso ou doutrinário que tivermos sidos condicionados a crer desde a
infância.
Assim, como disse a madre Tereza de Calcutá, “as mãos que ajudam são
mais sagradas do que os lábios que rezam”. Porque rezar, orar ou fazer preces
são coisas próprias das religiões, já a prática do bem faz parte da espiritualidade
universal.
NAMASTÊ!
Cláudio Nunes Horácio
PS: SUGESTÃO DE FILME: NÃO SEM A MINHA FILHA - neste filme vemos como as religiões fecham as possibilidades, cada uma limita o conhecimento de acordo com a sua doutrina, a espiritualidade está aberta a todas as opções e disposta a mudar de direção conforme vamos crescendo e aprendendo. Uma é limitante, a outra é libertadora.
PS: SUGESTÃO DE FILME: NÃO SEM A MINHA FILHA - neste filme vemos como as religiões fecham as possibilidades, cada uma limita o conhecimento de acordo com a sua doutrina, a espiritualidade está aberta a todas as opções e disposta a mudar de direção conforme vamos crescendo e aprendendo. Uma é limitante, a outra é libertadora.
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