segunda-feira, 24 de setembro de 2018

VERDADES

Você sabia que Santos Dumont não é o pai da aviação? Que o Zumbi dos Palmares não é herói coisa nenhuma? Que havia escravidão na África muito antes do primeiro português comprar o primeiro escravo negro? Que os cristãos brancos foram escravos dos muçulmanos e que os Egípcios negros escravizaram os Judeus brancos por 400 anos? Que Gandhi é o responsável pela pobreza da Índia? Que os agrotóxicos salvaram as florestas e as pessoas? Que quem matou mais índios foram os próprios índios? Que o Brasil nunca foi colônia de Portugal? Que os portugueses não exploraram os índios, mas lhe deram 10 mil anos de evolução histórica, apresentado a eles todas as descobertas da idade do ferro? Imagina um anzol para quem pescava com lança, o machado para quem nunca vira um instrumento de metal, a roda para quem carregava as cargas... Você sabia que os índios convertidos ao catolicismo tinham seus nomes trocados para nomes portugueses e por isso desapareciam do censo? Sabia que esses convertidos ganhavam junto com seu novo nome um pedaço grande de terras e recursos financeiros do Reino de Portugal para investirem em suas terras? Sabia que os portugueses construíram toda a estrutura que vivemos hoje? Com cidades, estados, igrejas, universidades. Sabia que o Brasil era o sonho de Camões e que a intenção de José Bonifácio era fazer do Brasil o paraíso terrestre?... Bom, a postagem já está grande demais, há MUITO mais do que isso no "Guia politicamente incorreto da história do Brasil" e da História do Mundo e em vídeo no canal do "BRASIL PARALELO" no YOUTUBE. Se você não quer ser um brasileirinho ignorante, leia os livros ou assista aos vídeos! Cláudio

terça-feira, 18 de setembro de 2018

Efeito Dunning-Kruger



efeito Dunning-Kruger nos ensina que as pessoas com menos habilidades e conhecimento tendem a superestimar as capacidades que realmente possuem, e vice-versa. Assim, os mais capazes e competentes se subestimam. Como esse estranho fenômeno é explicado?

O criminoso inepto que tentou ser invisível com suco de limão

Em meados da década de 1990, um habitante de 44 anos de Pittsburgh roubou dois bancos em sua cidade em plena luz do dia, sem nenhum traje ou máscara para cobrir seu rosto. Sua aventura criminal terminou dentro de algumas horas depois.



Quando preso, McArthur Wheeler confessou que tinha aplicado suco de limão em seu rosto, na crença de que o suco o tornaria invisível para as câmeras. “Eu não entendo, usei o suco de limão”, falou em soluços no momento de sua prisão.
Mais tarde, soube-se que a idéia sem precedentes do suco era uma sugestão que dois amigos de Wheeler comentaram dias antes do assalto. Wheeler testou a ideia aplicando suco em seu rosto e tirando uma foto para se certificar da eficácia. Na fotografia, o rosto dele não apareceu, provavelmente porque o enquadramento tinha sido um pouco desajeitado e acabou se concentrando no teto da sala em vez do rosto coberto com suco de limão. Sem perceber, Wheeler deu por certo que ficaria invisível durante o assalto.
Meses depois, o professor de psicologia social na Universidade de Cornell, David Dunning, não conseguia acreditar na história do intrépido Wheeler e do suco de limão. Intrigado pelo caso, especialmente pela incompetência exibida pelo ladrão frustrado, ele se propôs a realizar uma investigação com uma hipótese anterior: poderia ser possível que minha própria incompetência me deixasse inconsciente dessa mesma incompetência?
Uma hipótese, algo artificial, mas isso teve muito sentido. Para realizar o estudo que elucidou se a hipótese era verdadeira, Dunning escolheu um aluno brilhante, Justin Kruger, com o objetivo de encontrar dados que confirmariam ou refutariam a ideia. O que eles acharam os deixou ainda mais surpresos.

A investigação




Um total de quatro investigações diferentes foram realizadas, tendo como amostra os alunos da Faculdade de Psicologia da Universidade de Cornell. A competência dos sujeitos nas áreas de gramática , raciocínio lógico e humor (que pode ser definido como a capacidade de achar algo engraçado) foi estudada.
Os participantes do estudo foram questionados, um por um, sobre como estimavam seu grau de competência em cada um dos campos nomeados. Mais tarde, eles foram convidados a responder uma prova escrita para verificar suas reais competências em cada uma das áreas.
Todos os dados foram coletados e os resultados foram comparados, para observar se algum indicador de correlação foi encontrado. Como você pode imaginar, foram encontradas correlações muito relevantes.
Os investigadores perceberam que quanto maior a incompetência do sujeito, menos consciente ele era dela. Por outro lado, os assuntos mais competentes e treinados eram aqueles que, paradoxalmente, tendiam a subestimar suas competências.
Dunning e Kruger tornaram públicos os resultados e as conclusões do seu interessante estudo. Você pode verificar o documento original aqui.

Conclusões sobre o estudo Dunning-Kruger

Os resultados lançados pelo artigo científico podem ser resumidos em uma série de conclusões. Podemos assumir que, para certas competências ou em relação a uma certa área de conhecimento, pessoas incompetentes:
  1. São incapazes de reconhecer sua própria incompetência.
  2. Tendem a não reconhecer a competência de outras pessoas.
  3. Não são capazes de tomar consciência de quão incompetentes são em uma área.
  4. Se forem treinados para aumentar sua competência, serão capazes de reconhecer e aceitar sua incompetência anterior.

Quanto mas ignorantes, mais se percebem inteligentes

Conseqüentemente, o indivíduo que se orgulha de saber cantar como um anjo, mas seus “concertos” estão sempre desertos, é um sinal claro do efeito Dunning-Kruger. Também podemos observar este fenômeno quando os especialistas em algum campo oferecem opiniões e considerações tranquilas sobre um problema, enquanto as pessoas ignorantes na matéria acreditam ter respostas certeiras e simples para as mesmas perguntas.
Você conhece algum profissional médico? Certamente você pode dizer como é a sensação de tomar um medicamento não-prescrito pelo médico com base na ideia equivocada de que, como paciente, “você já sabe o que é bom e o que não é”. A automedicação, neste caso, é outro exemplo claro do efeito Dunning-Kruger.

Por que esse fenômeno ocorre?

Como Dunning e Kruger apontam, essa percepção irreal deve-se ao fato de que as habilidades e competências necessárias para fazer algo certo são, precisamente, as mesmas habilidades necessárias para estimar com precisão o desempenho na tarefa.
Vamos dar alguns exemplos. No caso de minha ortografia ser excepcionalmente ruim, meu conhecimento é necessário para detectar que meu nível em termos de ortografia é muito baixo e, portanto, ser capaz de corrigir meu desempenho é, precisamente, conhecer as regras da ortografia. Só sabendo as regras da escrita serei capaz de tomar consciência da minha incompetência, ou no caso de uma terceira pessoa fizer uma observação, alertando-me sobre os erros de ortografia que fiz quando escrevi um texto. Detectar minha falta de habilidades nesta área não corrigirá minhas lacunas a esse respeito automaticamente. Apenas ficarei ciente de que minhas habilidades exigem mais atenção. O mesmo vale para qualquer outro campo do conhecimento.
Quanto às pessoas que subestimam suas habilidades, podemos dizer que isso ocorre devido ao efeito do falso consenso: eles tendem a pensar que “todos fazem o mesmo”, assumindo que suas habilidades estão dentro da média. No entanto, na realidade, suas habilidades são claramente superiores.

Refletindo sobre o efeito Dunning-Kruger

Se pudermos aprender qualquer coisa com o efeito Dunning-Kruger, não devemos prestar muita atenção quando alguém nos diz que é “muito bom” em algo, ou que “sabe muito” sobre isso ou aquilo. Isso dependerá de como essa pessoa estima suas próprias habilidades, que podem estar erradas de uma maneira ou de outra: seja porque ele superestima ou subestima suas habilidades.
No momento de encontrar e contratar uma pessoa que se dedica a uma área complexa, da qual não temos muitas noções (um cientista da computação, um arquiteto, um assessor fiscal…), nos falta o conhecimento necessário para avaliar seu nível de competência na matéria. É por isso que é tão valioso consultar a opinião de ex-clientes ou amigos que conhecem essa área específica.
Uma coisa curiosa sobre este efeito psicológico é que, além disso, as pessoas incompetentes “não apenas chegam a conclusões erradas e tomam decisões ruins, mas sua incompetência não lhes permite tomar consciência disso”, diz Dunning e Kruger.
A partir desta reflexão emerge outra igual ou até mais importante. Às vezes, a responsabilidade pelas falhas que experimentamos ao longo da vida não é devido a outras pessoas ou à má sorte, mas a nós mesmos e nossas decisões. Para isso, devemos realizar um exercício de autoavaliação quando encontramos um desses obstáculos em um projeto ou trabalho em que estamos imersos.
Absolutamente ninguém é especialista em todas as disciplinas do conhecimento e áreas da vida. Todos nós temos deficiências e ignoramos muitas coisas. Cada pessoa tem algum potencial de melhoria em qualquer fase de sua vida: o erro é esquecer este ponto.

BRASIL


SOLA SCRIPTURA


quarta-feira, 5 de setembro de 2018

O MÍNIMO QUE O OLAVO PRECISA SABER PARA NÃO SER UM HEREGE

Texto original tirado daqui


INTRODUÇÃO
O professor Olavo de Carvalho publicou um artigo em seu blog intitulado - Por que não sou “evangélico”. Eu não teria qualquer iniciativa de oferecer qualquer resposta a esse artigo se não fosse por uma enxurrada de ataques aos protestantes e por uma declaração do próprio autor que dizia:

            A imagem pode conter: texto

O presente artigo começará corrigindo os erros do professor e depois serão expostos os argumentos que derrubarão a sua tese. Os erros não serão demonstrados na ordem desenvolvida pelo texto do professor Olavo, porque achei mais didático colocar em ordem de importância, uma vez que é mais importante atacar o ponto central da sua argumentação do que corrigir minuciosamente todos os erros cometidos pelo professor. Sem mais delongas, vamos ao que interessa.

CORREÇÕES DE ERROS

Olavo de Carvalho diz:

“Lutero, Calvino e seus seguidores reduziram esse ato a um simples “memorial”, esvaziando-o da sua eficácia ritual no presente e negando a transformação real das duas substâncias. Curiosamente, não fizeram o mesmo com o rito do batismo. O famoso “batismo nas águas” das igrejas evangélicas não se apresenta como um puro “memorial” do que João Batista fazia, mas como um rito atual, investido das mesmas propriedades do batismo conferido por João Batista. Se o batismo tem esse poder, por que não o teria a Eucaristia?”

Esse é o seu argumento central, pois é baseado nesse argumento, o de que Lutero e Calvino “reduziram esse ato (eucaristia) a um simples memorial”, que o autor os classifica como hereges. O grande problema é que essa informação é totalmente falsa! Quem defendeu que tanto o batismo quanto a ceia do Senhor eram memoriais foi Zwinglio e não Lutero, aliás, o grande debate foi entre Lutero e Zwinglio, Lutero defendendo que Cristo se fazia presente na eucaristia, e Zwinglio defendendo o memorial. Calvino adotou uma posição intermediária, pois defendeu que Cristo estaria presente na eucaristia, mas de forma espiritual somente, embora real, mas não em corpo e sangue, como Lutero defendia. A grande questão é – nem Lutero, nem Calvino, defenderam que a ceia do Senhor era somente um memorial, como está escrito na confissão de Augsburgo, no artigo 10, confissão de fé das Igrejas Luteranas:

Da ceia do Senhor se ensina que o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue de Cristo estão verdadeiramente presentes na ceia sob a espécie do pão e do vinho e são nela distribuídos e recebidos. Por isso também se rejeita a doutrina contrária

E também no seu artigo 13:
Com respeito ao uso dos sacramentos se ensina que foram instituídos não somente para serem sinais por que se possam conhecer exteriormente os cristãos, mas para serem sinais e testemunhos da vontade divina para conosco, com o fim de que por eles se desperte e fortaleça a nossa fé. Essa também a razão por que exigem fé, sendo usados corretamente quando a gente os recebe em fé e com isso fortalece a fé.
A respeito disso escreve o historiador Justo Gonzalez:

Uma controvérsia mais extensa e complexa se desenvolveu quando alguns na esfera protestante começaram a sugerir que Lutero não tinha ido longe o suficiente, e que a presença corporal de Cristo no sacramento devia ser negada. Novamente, este não é o lugar para narrar essa controvérsia. Posteriormente, ao discutir os reformadores suíços e os anabatistas, seus pontos de vista serão vistos em maiores detalhes. É suficiente mencionar aqui que, em geral, os oponentes de Lutero reivindicaram que a presença de Cristo na Ceia do Senhor era "simbólica" ou "espiritual" e não corporal, e que o ato de comunhão era essencialmente um ato de recordação da paixão do Senhor.
Lutero não poderia aceitar estes pontos de vista. Suas razões para isso não foram que tais pontos de vista fossem muito radicais - ele demonstrara sua inclinação para ser radical quando a situação o exigia - mas que eles contrariavam o que Lutero entendeu ser o sentido claro da Escritura. O texto da Bíblia dizia claramente e sem ambigüidade: "Isto é o meu corpo". Portanto, era exatamente isso que Cristo queria dizer. Nesse aspecto, Lutero estava convencido de que os católico-romanos estavam mais próximos do sentido verdadeiro da Escritura do que seus oponentes protestantes. Portanto, ele declarou que antes comeria o corpo de Cristo com os papistas do que o faria com os entusiastas.
Quando perguntado como a presença corpórea ocorria, Lutero simplesmente respondia que ele não sabia e que não cabia a ele perguntar. Ele rejeitou a transubstanciação, primeiramente, porque ela tornava o sacramento um escravo de Aristóteles, e segundo, porque ela negava a permanência do pão e do vinho. Seu próprio ensino era que o pão e o vinho, embora permanecessem como tais, também se tornavam veículos em que o corpo e o sangue de Cristo estavam presentes. Teólogos posteriores chamavam esta perspectiva de "consubstanciação", para indicar que as substâncias dos elementos permaneciam e que o corpo e sangue eram acrescentados a elas. O corpo de Cristo está no pão; o pão ainda é pão; o resto é um mistério e é melhor deixá-lo como tal.

Calvino, embora pensasse diferente de Lutero, também não defendeu que a ceia fosse um memorial, como está expressa na Confissão de Fé de Westminster (CFW), que é um dos documentos oficiais da doutrina calvinista:

Os que comungam dignamente, participando exteriormente dos elementos visíveis deste sacramento, também recebem intimamente, pela fé, a Cristo Crucificado e todos os benefícios da sua morte, e nele se alimentam, não carnal ou corporalmente, mas real, verdadeira e espiritualmente, não estando o corpo e o sangue de Cristo, corporal ou carnalmente nos elementos pão e vinho, nem com eles ou sob eles, mas espiritual e realmente presentes à fé dos crentes nessa ordenança, como estão os próprios elementos aos seus sentidos corporais.
Seção 29.7
Olavo de Carvalho diz que Lutero e Calvino transformaram a Ceia do Senhor em memorial, mas não fizeram o mesmo com o batismo, mas essa informação é totalmente falsa. Os sacramentos na doutrina calvinista são meios de graça e o batismo e a ceia são equivalentes, sendo os dois igualmente sacramentos, como diz a CFW:

Há só dois sacramentos ordenados por Cristo, nosso Senhor, no Evangelho - O Batismo e a Santa Ceia; nenhum destes sacramentos deve ser administrado senão pelos ministros da palavra legalmente ordenados. Seção 27.4

Corrigido esses erros, pouco resta para refutar, uma vez que todo o seu argumento se alicerça sobre uma premissa totalmente falsa, pois o irmão Lutero e o irmão Calvino nunca, jamais, em hipótese alguma, ensinaram que a ceia era apenas um memorial. Agora passaremos a corrigir o restante, o periférico, o desnecessário. Olavo também afirma:

“Em parte nenhuma do Evangelho Nosso Senhor diz que ler a Bíblia ou mesmo acreditar nela vai nos salvar.”

Eu também desconheço que os protestantes ensinem que a salvação venha pelo conhecimento, ou seja, pela pura absorção do conhecimento bíblico, o nome disso é gnose, e eu desafio ao professor mostrar em uma só confissão de fé, seja Luterana, seja Calvinista, que defenda que a salvação é pelo conhecimento. A salvação, na doutrina protestante, vem pela GRAÇA!!! Não vem de obras, mas da graça. O conhecimento do Evangelho faz parte de um processo que é um efeito não uma causa. No ordo salutis calvinista, primeiramente o homem é eleito, depois regenerado, até aqui a salvação é monergística, esse processo acontecesse somente de Deus para o homem, a regeneração é uma graça eficaz que Deus derrama sobre o homem para que o mesmo possa ser transformado a fim de fazer boas obras (com um fim sobrenatural), assim, quando o homem ouve o evangelho que está contido na Bíblia, esse homem estará capacitado a entender, mas o entendimento é com o coração e é o que faz com que o Homem reconheça sua situação de pecador e seja salvo, e não a absorção intelectual das Escrituras, pois conhecer intelectualmente até os demônios conhecem, assim, o entendimento das Escrituras, em relação a salvação, é um efeito da graça eficaz de Deus, não uma causa com o professor alega, mostrando total desconhecimento do ordo salutis protestante.

Olavo também afirma:
“Não há ali sequer uma frase, um trechinho, uma palavra, em que Ele nos recomende a leitura do grande livro.”

Isso também é totalmente falso! Nosso Senhor Jesus Cristo diz que as Escrituras dão testemunho dele:
“Vós perscrutais as Escrituras, julgando encontrar nelas a vida eterna. Pois bem! São elas mesmas que dão testemunho de mim.”
João 5:39 (Versão Católica)

Jesus diz que não podemos desprezar as Escrituras:
“Se a lei chama deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida {ora, a Escritura não pode ser desprezada},”
João 10:35 (Versão Católica)

Jesus diz que as Escrituras nos protege do erro:

"Errais, não compreendendo as Escrituras nem o poder de Deus."  Mateus 22.29 (Versão Católica)

Existem dois tipos de revelação, a natural, que é a revelação de Deus na criação, e revelação especial, que é encontrada nas Escrituras, essas são as duas formas de revelação divina mais comuns.

“O que Ele diz, isto sim, e com palavras inconfundíveis, é que a salvação, o ingresso na vida eterna, só vem por um único meio: comer o Seu Corpo e beber o Seu sangue.”

Isso também é totalmente falso. O Sacramento é um meio de aperfeiçoar a salvação, não de ganhá-la. Se o professor Olavo estiver certo, um pagão ao entrar na Igreja e comungar, já estaria salvo porque estaria se alimentando do corpo de Cristo, o que é um absurdo. A prova de que o professor Olavo está errado é que a Eucaristia só é administrada aos que já entendem o evangelho e o aceitam, não aos pagãos, logo, é impossível que a salvação venha pela participação do sacramento, ela serve para aperfeiçoamento do que já é, pois se não é, não há o que aperfeiçoar.

São Pedro, depois de pregar o Cristo ressurreto, citando exaustivamente as Escrituras, explica como se faz para ser salvo em seu sermão à Igreja de Cristo em Atos 2:

Quando ouviram isso, os seus corações ficaram aflitos, e eles perguntaram a Pedro e aos outros apóstolos:
"Irmãos, que faremos? "
Pedro respondeu: "Arrependam-se, e cada um de vocês seja batizado em nome de Jesus Cristo, para perdão dos seus pecados, e receberão o dom do Espírito Santo.
Pois a promessa é para vocês, para os seus filhos e para todos os que estão longe, para todos quantos o Senhor, o nosso Deus chamar".
Com muitas outras palavras os advertia e insistia com eles: "Salvem-se desta geração corrompida! "
Os que aceitaram a mensagem foram batizados, e naquele dia houve um acréscimo de cerca de três mil pessoas.
Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos e à comunhão, ao partir do pão e às orações.
Todos estavam cheios de temor, e muitas maravilhas e sinais eram feitos pelos apóstolos.
Atos 2:37-43

Notem que o irmão Pedro ensina que para ser salvo devemos crer em Jesus, em primeiro lugar, nos arrepender e sermos batizados em nome de Jesus para remissão de pecados e pronto, já se recebe o dom do Espírito Santo. Se analisarmos o caso do ladrão na cruz, não é temerário dizer que para ser salvo precisa-se somente crer, pois isso seria o suficiente caso não se tenha tempo para o batismo, ou seja, por uma questão de lógica, o batismo e a ceia são posteriores a salvação, e efeito necessário da salvação, não sua causa, se fosse uma causa necessária, o ladrão da cruz jamais poderia ter sido salvo, pois não ceou, nem batizou. A prática da Ceia não é uma causa, mas é praticada como efeito necessário da salvação, com o objetivo de aperfeiçoá-la, tanto é que devemos nos analisar para cear, e por um acaso o homem ímpio se analisa?

CONCLUSÃO

Como foi demonstrado, Olavo de Carvalho comete muitos erros, a saber:
1 - Ele afirma que Lutero e Calvino reduziram o rito da ceia a memoriais – foi provado falso.
2 – Ele afirma que os protestantes defendem que a salvação vem pelo conhecimento das Escrituras – foi provado falso.

E agora eu pergunto: e aí professor Olavo, vai se retratar?

Referências

Para mais informações sobre a ordo salutis protestante acesse:
http://www.monergismo.com/textos/ordo_salutis/ordoversos.htm
GONZALEZ, Justo L. Uma História do Pensamento Cristão. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. vol. 3. pp. 65-68 . Disponível em: http://www.e-cristianismo.com.br/historia-do-cristianismo/lutero/lutero-e-a-eucaristia.html

Por Francisco Tourinho