terça-feira, 7 de novembro de 2017

Vinícius tinha razão: “o sofrimento é o intervalo entre duas felicidades”

Por 
 Pamela Camocardi

A vida não é um comercial da margarina. O correr dela envolve aprendizagem nos piores momentos, alegrias depois de muito esforço e cura depois de muitas feridas.
E, para piorar, bate no estilo que Rocky Balboa definiu: “ninguém vai bater mais forte do que a vida.
não importa como você vai bater e sim o quanto aguenta apanhar e continuar lutando; o quanto pode suportar e seguir em frente. É assim que se ganha”.
Há muitas teorias sobre felicidade e sobre como alcançá-la, inclusive a de que você tem que correr atrás para merecê-la. Quanta bobagem! Primeiro porque felicidade não é um objetivo a ser alcançado, segundo porque você não é um maratonista da São Silvestre. Que fique claro: felicidade é um estado de espírito e não um objetivo de vida.
É bom estarmos felizes mas, nesse estágio, não há nenhum tipo de aprendizagem. Para que possamos evoluir como seres humanos, muitas vezes, a felicidade vem embalada em um papel de sofrimento. Entenda que não há felicidade sem dor e não há dor sem aprendizagem. Ninguém aprende sobre economia, se nunca precisou economizar. Ninguém aprende sobre morte, se nunca enfrentou um luto. Ninguém adquire inteligência emocional, se nunca foi rejeitado.
Estar no processo de aprendizagem, mesmo que diante de um sofrimento, é enriquecedor. Aprendemos a repartir, a ser solidários, a sermos compreensíveis. O que, aliás, não aconteceria se a vida fosse só risos. A verdade a gente precisa mesmo de uns tapas na cara para enxergar a realidade tal qual ela é e para aprender a valorizar o que, realmente, importa.
Note que as pessoas mais incríveis do mundo são dotadas de sabedoria, de inteligência e discrição e adquiriram essas qualidades depois de muitas lágrimas. As músicas mais belas foram criadas em um momento de melancolia e os poemas mais profundos em um momento de saudade. Então, meu caro, sinta-se privilegiado em sofrer.
Vinícius só soube falar de solidão, depois de passar por nove grandes amores e definia a alegria como, quase, inatingível (tão romântico, quanto exagerado). “É curioso, a alegria não é um sentimento nem uma atmosfera de vida nada criadora. Eu só sei criar na dor e na tristeza, mesmo que as coisas que resultem sejam alegres. Não me considero uma pessoa negativa, quer dizer, eu não deprimo o ser humano. É por isso que acho que estou vivendo num movimento de equilíbrio infecundo do qual estou tentando me libertar. O paradigma máximo para mim seria: a calma no seio da paixão. Mas realmente não sei se é um ideal humanamente atingível.”
Beethoven redigiu a Nona Sinfonia em momentos de profunda tristeza e Fernando Pessoa escreveu a maioria de seus textos quando se sentia entediado (isso explica, talvez, tantos heterônimos). Agora seja sincero, o que leva você a pensar que a vida seria diferente com você?
Pode parecer estranho, mas tão importante quanto o amor, é o sofrer. Se sem o amor a vida é triste, sem o sofrimento não há evolução intelectual e emocional. Proust afirmava que “Só nos curamos de um sofrimento depois de o haver suportado até ao fim”. Sofrimento é passageiro, mas o ensinamento adquirido com ele, eterno. É preciso ver além do muro e acreditar que dias melhoras virão.
Ninguém sofre para sempre, nem chora o tempo todo. Sempre haverá outros amores, outros motivos, outras alegrias. Encarar um sofrimento como um desafio é ser merecedor da felicidade que virá depois dele.
Aprenda a superar os desafios impostos pela vida. Chore, grite, sofra, mas supere. Porque sofrer é teu direito, mas superar é sua obrigação.

sexta-feira, 3 de novembro de 2017

A IGREJA ESTÁ ACIMA DA BÍBLIA?

Igreja é conjunto de discípulos do Senhor Jesus Cristo.

Igreja NUNCA foi, nem jamais será, uma instituição religiosa.

Logo, ela não é nem romana e nem protestante, mas é católica no sentido de ser universal, onde há todas as etnias: judeus e gentios.

As Escrituras são o compêndio das decisões da Igreja, além é claro, de registrar a biografia do Senhor Jesus Cristo nos 4 Evangelhos e a história da Igreja em Atos.

A questão é que os discípulos primitivos tiveram o cuidado de deixar por escrito àquilo que a igreja deveria fazer, praticar e obedecer ou desprezar e abominar.

Fizeram isso por necessidade, já que as viagens eram longas, e para que as suas decisões não se perdessem no tempo. Logo, decidiram deixar registrados e documentados aquilo que julgaram ser a coisa certa a se fazer nas diversas situações cotidianas, individuais e/ou coletivas.

A Igreja primitiva era perseguida brutalmente até a suposta conversão do imperador Constantino em 312 a.D., depois veio Teodósio I que em 380 a.D. estabelece o cristianismo como a religião oficial do império romano, através do Édito de Tessalônica.

Com a institucionalização do cristianismo como a religião oficial do Império Romano, todos os moradores do império supostamente se converteram ao cristianismo.

Só que a conversão a Cristo é algo de foro íntimo e individual e, jamais, poderia se dar por decreto imperial. Foi isso que fez com que os verdadeiros discípulos de Jesus Cristo, que escreveram as Sagradas Escrituras para a preservação da doutrina, fossem misturados com o joio imperial.

É aí que surge a Igreja Católica Apostólica Romana, com discípulos de Jesus Cristo misturados ao joio imposto pelo imperador. 

Foi no Sínodo de Laodicéia em 360 a.D. que a Igreja Católica Romana estabeleceu o cânon das Escrituras, isso é um fato histórico!

A questão não é QUEM estabeleceu o cânon, mas quem APÓS estabelecer o cânon como Palavra de Deus inspirada, PERMANECEU FIEL aos seus ensinamentos e quem se desviou profundamente dos ensinos registrados na Palavra de Deus (as Sagradas Escrituras).

Ou seja, a Igreja Católica Apostólica Romana estabeleceu quais textos fariam parte do cânon da bíblia e, posteriormente, sistematicamente e lentamente foi se desviando dos seus ensinamentos e tomando caminhos condenados por ela.

As Escrituras Sagradas são as instruções primárias dos apóstolos, a instituição chamada Igreja Católica Apostólica Romana a preservou, organizou, e canonizou; isso é fato histórico!

Agora, a confusão está em dizer que as Escrituras são aquilo que a Igreja Católica Apostólica Romana pregava, ensinava e praticava de forma não grafada, antes de haver qualquer Escritura. Pois o fato é que antes de haver qualquer Escritura do Novo Testamento, os verdadeiros discípulos do Senhor Jesus (que faziam parte da Igreja Primitiva muito antes de surgir a Igreja Católica Romana), praticavam, pregavam e ensinavam o que consta nas Escrituras.

Quem nos deixou as Escrituras do Novo Testamento foram OS DISCÍPULOS de Jesus Cristo, ou a Igreja Primitiva e não A IGREJA CATÓLICA APOSTÓLICA ROMANA, pois essa ainda não existia.

Jesus Cristo NUNCA FUNDOU IGREJA INSTITUCIONAL ALGUMA, jamais pensou em Igreja como instituição, mas SEMPRE como um conjunto de pessoas que creem Nele. Como um organismo vivo que é a sua noiva.

A instituição Igreja Católica Apostólica Romana não é a Igreja de Jesus Cristo, não é a noiva do Cordeiro e não é a detentora dos oráculos de Deus. (Nem a igreja evangélica ou alguma outra instituição).

 A ÚNICA IGREJA DE JESUS CRISTO SÃO O CONJUNTO DAS PESSOAS QUE SÃO VERDADEIRAMENTE CONVERTIDAS, QUE SÃO LUZ DO MUNDO, SAL DA TERRA E SÃO TRIGO.

Qualquer instituição mistura o joio com o trigo. Já a verdadeira Igreja do Senhor Jesus Cristo não tem joio. Ela é invisível e só quem a conhece é Deus.

Jesus disse que odeia essa diferenciação entre clero e leigos:
“Assim tens também os que seguem a doutrina dos nicolaítas, o que eu odeio.” (Ap 2:15)

OBS: A Palavra de Deus é Jesus; Jesus é a Palavra de Deus. Não confunda o Filho de Deus com o livro. A Igreja é o corpo de Cristo, é um organismo; não confunda esse organismo com uma instituição religiosa.

Cláudio Nunes Horácio