Envelhecer é perdermos as ilusões
e enxergarmos a vida como realmente é, e não, como ingenuamente acreditávamos
que era.
Olhamos as propagandas da TV como
embustes a nos manipular, enxergamos a indústria farmacêutica não mais como um
herói a nos socorrer, mas uma mercenária a nos enganar; descobrimos que o mundo
é infinitamente mais mau, perigoso e perverso do que o imaginávamos.
E, nessa época, após meio século,
acordamos do cozimento em banho-maria e descobrimos que nos cozinharam sem que
o percebêssemos. Fomos contaminados por tudo o que há de mais desprezível nos
seres humanos.
A cultura transformou-se em bizarrices,
nossas músicas são barulhos falando de insanidades: pornografias, paixões,
crimes passionais ou sobre o estado que se encontra a nossa genitália ou nosso
aparelho digestório (isso inclui o cu). Parecem bebês falantes vociferando suas
birras pela perda de alguém que supostamente amam ou amavam e implorando o amor
que supostamente essa pessoa não lhes dá mais.
Noutros estilos ouvimos a
narrativa de como o crime é bom, como compensa ser bandido ou nos descreve como
é difícil ser pobre de favela, o que se passa nos ônibus quando vão da
periferia para o trabalho e como as sextas-feiras são dias maravilhosos porque
poderão “tomar uma”.
Aliás, “tomar uma”, também é um
dos assuntos prediletos dos imbecis, já que não têm cérebro, já que o bom senso
é inexistente e já que são totalmente incapazes de enfrentar as dores da vida
com lucidez, o “mijo amarelo” (cerveja) é a única opção que lhes resta para os consolar
das terríveis realidades da vida. Claro! Não sobrou absolutamente NADA de
recursos espirituais para que entendam que estamos no mundo e na vida para
adquirirmos consciência, e que a inconsciência é tudo o que NÃO precisamos,
pois já somos demasiadamente desprovidos das virtudes que viemos buscar aqui no
mundo.
Um mundo que louva, venera e
idolatra o embuste e a mentira, que louva o desprezível e despreza o virtuoso,
eis a descrição exata dos habitantes da Terra em 2020.
A cada geração pervertida pela
cultura e pelo mimo, mais indefesas e incapazes de sobreviverem em meio aos
predadores, claro que com a contribuição dos pais que, igualmente, foram
cozidos em banho-maria e, até hoje, não perceberam que estão mortos.
A virtude é censurar tudo,
proteger tudo, calar a todos os que não comungam com os sentimentos superlativos
e exagerados dos fracos, daqueles que não têm tutano nos ossos do caráter e das
emoções.
A moda é dizer que preto é negro
e que são pobrezinhos desprotegidos e perseguidos, que sofrem mais que os brancos
e que temos uma dívida história com eles; que é preciso uma lei específica para
enquadrar um homem que mata uma mulher, pois homicídio não é suficiente para descrever
o fato de um assassinato, logo, feminicídio é mais apropriado; é defender os
pobrezinhos dos homossexuais dos malvados héteros e por aí vão esses discursos
masturbatórios que não saem da mídia, vêm e vão, vão e vêm, imersos nas
logorréias mantidas pela frequência ao bordel
das ideias prostituídas.
Quem tem a minha idade e
despertou das manipulações da mídia, especialmente das Tvs com suas novelas, filmes
e telejornais conseguiu enxergar tudo o que estou descrevendo, mas a maioria
ainda dorme em berço esplêndido com a bundinha da consciência na panela em
banho-maria.
O louvor à mentira é algo que jamais
vi em meus 55 anos de vida, praticamente tudo o que envolve diálogos e notícias
tem mais mentiras do que verdades. Mesmo na convivência das pessoas vemos que o
Diabo, descrito por Jesus Cristo como o pai da mentira, está vencendo de
lavada.
Relativizaram tudo, mas em
especial ser alguém da verdade e do bem. Afinal, para que vamos falar a verdade
se uma mentirinha pode nos livrar de transtornos imediatos?
E assim, em meio as falsidades,
manipulações, imoralidades, amoralidades, relativismos, manipulações e mentiras
e mais mentiras a humanidade caminha para destruição sem que ao menos perceba a
trajetória traçada que seus passos perseguem.
O que salvou o mundo foi a
cultura judaico-cristã, o que o está destruindo é a ausência dela!
A Igreja é a única detentora do
poder que salva o mundo, pois a Igreja somos nós, o Sal da Terra e a Luz do
Mundo, como estamos insossos, só nos resta a lixeira.
Boa sorte pessoas!
Cláudio Nunes Horácio