sexta-feira, 29 de janeiro de 2021

A SIMPLICIDADE DE OUTRORA

 


Nós que somos mais velhos sofremos ao ver o mundo atual porque vivemos uma vida simples, onde as convivências sociais eram fáceis. Não havia brigas ideológicas como há hoje, a verdade não estava imersa num monte de mentiras para que a garimpássemos até descobri-la.

A mentira era exposta e desmascarada facilmente, não tinha esse relativismo moral ou político; o que era, era; o que não era, não era, simples assim!

Bandido era bandido; trabalhador era trabalhador; prostituta era prostituta, mulher direita era mulher direita; os meninos nasciam com pênis e as meninas com vagina e isso era o que definia a sexualidade. Nada além disso para definirmos a realidade dos fatos!

Nossas dificuldades eram outras, como o ganhar o pão de cada dia. Não havia abundância de coisas, a maioria não tinha telefone ou carro, porém, existia respeito, honra, dignidade, brio e vergonha na cara, coisas extintas hoje.

Ganhávamos caixas de bombons de presente de aniversário e nos alegrávamos; aos domingos tinha a Coca-Cola tamanho família e todos podiam tomar um delicioso copo do néctar negro.

Durante a semana, às vezes, trocávamos cascos de refrigerante por picolés e nossos pais ficavam bravos. Refrigerante de maçã era outro que nos dava prazer, quando conseguíamos uns trocados.

Brincávamos na rua, jogávamos bafo para ganhar mais figurinhas para os álbuns que colecionávamos; bang bang, pique esconde, garrafão...

Enfim, vivíamos de modo totalmente diferente de hoje, os programas na TV também eram muito diferentes, sem a maldade e a malícia de hoje. Por incrível que parece o jornalismo nos informava ao invés de só nos manipular.

O que mantinha essa estrutura social era a cultura judaico/cristã, base da nossa civilização ocidental que nos era ensinada pelas Igrejas Católica e Protestante.

Nos perdemos quando a Igreja se tornou irrelevante, quando decidimos deixar que os nossos filhos crescessem para depois escolher qual religião seguiriam, quando a frequência às missas e aos cultos diminuíram e quando Jesus deixou de ser o centro da vida das famílias e das pessoas.

Igreja e família sempre foram as bases de sustentação da sociedade civilizada e do mundo livre, sem elas não há como mantermos a moral e a ética, a liberdade, a democracia e a justiça.

 

Cláudio Nunes Horácio

29/01/2021