terça-feira, 10 de maio de 2022

QUEM SÃO OS SANTOS?

Todos os cristãos são santos na acepção bíblica da palavra (Romanos 16.2; 1 Coríntios 1.2; 6.1-2; Efésios 3.8; 5.3; Filipenses 4.21).

Consoante as Escrituras Sagradas, portanto, são santos todos os crentes, os crentes comuns, em Jesus Cristo. Encontram-se vivos nesta terra. Comem, dormem, trabalham, riem, choram como todos os homens.

Nas Escrituras encontramo-los vivendo em igrejas locais de diversas cidades e países: em Jerusalém (Atos 9.13), em Colossos (Colossenses 1.:2), em Corinto (1 Coríntios 1.2), em Roma (Romanos 1.7), em Filipos (Flipenses 1.1), em Lida (Atos 9.32), em Éfeso (Efésios 1.1), na Acaia (2 Coríntios 1.1).

Informam-me as Escrituras ser santo José, o pai adotivo de Jesus (Mateus l.19), Maria, a mãe de Jesus, é santa (Lucas 1.28) Simeão (Lucas 2.25). Moisés e Elias (Lucas 9.30). Paulo (Efésios 3.8). O arrependido malfeitor da cruz (Lucas 23.43). Os profetas são santos (2 Pedro 1.21). Santas as mulheres “que esperavam em Deus” como Sara (1 Pedro 3.5-6).

José, Maria, Simeão, Paulo são todos santos não por havê-los canonizado o “papa”. Incluíram-nos no elenco dos santos as Sagradas Escrituras. Consoante elas, o pecador ao arrepender-se e confiar evangelicamente em Jesus Cristo como seu Único Salvador recebe Vida Eterna e no mesmo instante, passando da morte para a Vida, torna-se santo, ou seja, separado da perdição e consagrado à salvação no Céu (João 5.24).

De acordo com os ensinos do Novo Testamento não se compunham eles numa classe especial de Cristãos, numa aristocracia espiritual de "condição heroica de santidade", como quer o romanismo, postos num catálogo especial para serem venerados e invocados em orações.

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Com efeito, decorreram uns quatro mil anos desde Adão até João, o Apóstolo. E neste longo período em algumas ocasiões, como ao tempo de Moisés e de Cristo, prodígios espetaculares aconteceram de modo proeminente e em quantidade enorme, mas foram ocasiões raras e de curta duração;


3 - Os milagres consignados nas Escrituras jamais servem para enaltecer pessoas humanas. Todos eles engrandecem a Glória e o Poder de Deus. Em nenhuma passagem confirmam eles a santidade de algum indivíduo como se constituíssem eles em requisito indispensável da santidade de quem quer que seja, como ambiciona a teologia católica. Se fosse verdade, João, o Batista, jamais poderia ser santo porquanto "na verdade João não fez sinal algum" (João10.41);


4 - Os milagres nas Escrituras são assinalados pela simplicidade, e pela dignidade e, por confirmarem a Revelação Divina, inspiram maior fé em Deus.


Os prodígios propalados pelo clero romano, ao contrário, incitam à idolatria e à crendice. Pelo seu ridículo, outrossim, favorecessem o escárnio contra o Cristianismo por parte de muitas pessoas.

 

Livro: Anchieta: santo ou carrasco - Ex-padre Dr. Aníbal Pereira dos Reis.

 

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