A total perda de significados das
palavras nos levou aos conflitos verbais que mais se assemelham às discussões
de manicômio sobre quem é o verdadeiro Napoleão.
Substantivo como “democracia” e
adjetivo como “fascista” transformaram-se em sons alienígenas com significados
diversos dependendo da boca que são proferidos.
A “novilíngua” de 2019 chegou até
mesmo aos dicionários, como vemos com o substantivo “casamento” que desde que o
português surgiu, sempre significou “a união civil entre um homem e uma mulher”,
porém, na nova linguagem significa “a união civil entre duas pessoas”. Isso, com
o objetivo claro de promover a agenda do homossexualismo financiada pelos
globalistas.
Infanticídio são promovidos pelo
mesmo grupo através de investimentos milionários a favor do aborto, além de aprovarem
um tal de “aborto pós-parto” que nada mais é que assassinato autorizado de
bebês.
Uma das adulterações mais perversas,
encontramos sobre o nome de “direitos humanos” que, de direito, nada têm, mas
tão somente de militância política ideológica para se manter o caos.
O abuso é tamanho, que a síndrome
de Estocolmo é café pequeno, perto dos traumas causados pelas molestações
diuturnas da classe política e judiciária desse país, imerso nas densas trevas
do limbo inferior.
Já não há justiça, nem
vislumbramos uma luz no fim do túnel, mas tão somente perversidades,
abominações, verborragias e logorreias propaladas por todos os tipos de
autoridades eleitas ou nomeadas.
A embromação e o embuste nos
molestam a cada notícia, mesmo porque não sabemos se o que lemos é um fato, um factoide
ou uma mentira descarada.
A internet vincula tudo quanto
são tipos de notícias, sejam falsas, sejam verdadeiras, tudo junto e misturado
de modo a desacreditarmos de muitos fatos e crermos em muitas estórias.
Nossos materiais didáticos foram
corrompidos para nos contar a história segundo o ponto de vista de ideólogos de
esquerda, por isso nos ocultaram fatos e introduziram narrativas falsas para
que os vilões se tornassem heróis e, os heróis, vilões.
Praticamente ninguém tem a
percepção da realidade, perdemos a lucidez, a capacidade e o discernimento,
além da dislexia crônica dos nossos jovens semianalfabetos com diplomas
universitários diversos.
Fico me perguntando o que será
desse país quando essa juventude tiver que tomar conta de tudo. E, creio do
fundo do meu coração, que a quantidade de suicídios será monstruosa; quando já
não tiverem mais os pais para sustentá-los e mimá-los.
E, para inflamar ainda mais a demência
juvenil, tecnologias maravilhosas como os smartphones são tão mal usados que
condicionaram os jovens a serem imediatistas e a não tolerarem as frustrações da
vida, coisa que todos tivemos, temos e teremos.
O imediatismo juvenil será
recompensado com muita espera e, penso, que por não suportarem as frustrações
porque não foram treinados, muitos se matarão ou enlouquecerão.
Quando falamos que a depressão é
o mal do século, logo penso na rotina que, igualmente, pervertemos com a nossa
estupidez contemporânea. Vivemos correndo atrás do vento para adquirirmos as
quinquilharias valorizadas pela sociedade de consumo e nos esquecemos dos
cuidados necessários para uma vida saudável, como o Sol, a natureza, o silêncio,
a paz, a tranquilidade, a harmonia, a esperança, a fé, o amor, o aconchego, a
empatia, a caridade, o esporte, o sono, a diversão, a vocação, a prática dos nossos talentos
e dons...
Ao deixarmos de praticar essas coisas
estaremos infinitamente mais predispostos a crises depressivas, crises de
ansiedade ou existências.
Por outro lado o contexto
político do Brasil não nos ajuda em nada, já que ficamos polarizados devido às
duas ideologias, mais pela ignorância coletiva que imagina o que seja cada
ideologia quê propriamente o ensino ideológico de fato.
Como citei acima, há um
analfabetismo funcional que impede a maioria de ter o exato conhecimento
intelectual daquilo que diz acreditar e pelo qual luta, grita e se esfola. De
fato essa novilíngua brasileira causou a paraplegia absoluta na língua
portuguesa a reduzindo a nada além de letra morta sem sentido. Cada grupo usa
as palavras com o sentido que bem entende e, dessa forma garantem o
desentendimento eterno.
Cláudio Nunes Horácio
12/11/2019
OBS: Novilíngua é um idioma
fictício criado pelo governo hiperautoritário na obra literária 1984, de George
Orwell. A novilíngua era desenvolvida não pela criação de novas palavras, mas
pela "condensação" e "remoção" delas ou de alguns de seus
sentidos, com o objetivo de restringir o escopo do pensamento.
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