Ser mulher numa sociedade construída para atender as
demandas masculinas é injusto e cruel, mas não é só isso, a biologia aumenta as
discrepâncias, visto que mulher é uma geradora de vida, logo, fica responsável
pela manutenção, educação e cuidados do mancebo.
Além desse fato há esse amor insano que as mães têm pelos
filhos, capaz de ir até aos intestinos do inferno para socorrê-los, com graves
riscos para si mesmas. Sempre os perdoando e procurando salvá-los de todos os
males. O que diminui exageradamente as chances de humaniza-los (aos filhos
homens).
As mulheres são cruéis com as mulheres: julgam-se, competem
entre si, difamam-se, dissimulam... O que traz um grande prejuízo para elas
mesmas, pois não havendo união, tudo fica mais difícil. Até entre mães e filhas
há competição e deslealdades, o que geralmente não ocorre entre mães e filhos.
Hormonalmente há essa insanidade que ora as mantêm lúcidas; ora, ensandecidas; ora decididas; ora hesitantes; ora, apaixonadas; ora, indiferentes; ora, amorosas; ora, odientas...
Esse conjunto de fatores: biologia, educação, maternidade,
amor incondicional, inimizades com outras mulheres, apenas complica ainda mais
suas condições de vida nessa sociedade misógina e machista.
Além disso tudo, temos a questão do raciocínio emocional,
que as fazem romantizar situações graves como se grave não fossem.
Para as mulheres sobram às obrigações de serem boas esposas,
boas mães, boas profissionais, boas amantes, boas donas de casa, cozinheiras,
boas mantenedoras; além de sempre terem que estar lindas, cheirosas, magras,
elegantes, apresentáveis, dispostas e no cio.
Devem ser mulheres, fêmeas fatais, excelentes profissionais,
esposas e mães dedicadas; jamais poderão estar fora de forma, ao menos, fora da
forma que sociedade atual diz que devem ter: adelgaçadas, magras ou carnudas,
malhadas, esculturais, peitudas, bundudas, acinturadas, siliconadas, “bototizadas”
(que tem botox) e com carões de fome pelos homens.
Por outro lado temos as obrigações dos homens que resume-se
tão somente a um comentário simplório dito pela maioria das mulheres e digno de
uma síncope:
“Mas ele é trabalhador!”
PRONTO! O cara pode ser um canalha, lambão, escroto, ogro,
machista, odioso, ignorante, babaca, relapso, ausente, agressivo, violento, adúltero,
mulherengo, beberão, insano, bronco, um perfeito demônio encarnado; mas SE,
ENTRETANTO, for trabalhador, ESTÁ PERDOADO.
E isso, justifica todos os seus péssimos e horrendos
defeitos de caráter, desvios de conduta, falta de moral e ética.
Numa sociedade que trata os homens como provedores e as
mulheres como bonecas de carne, a vida se torna insuportável.
Como quem educa os filhos são as mulheres, assino com o Dr.
Ângelo Gaiarsa que dizia que era necessário uma sociedade baseada em uma “Nova
mãe, novo mundo”.
Queres um mundo melhor, mais justo e igualitário?
Eduque seus filhos para serem
homens e não provedores e reprodutores; eduque suas filhas para enxergarem-se
como seres humanos e não como bonecas de carne para o consumo masculino. Lutem
por isso e o mundo lhes agradecerá!
NAMASTÊ
Cláudio Nunes Horácio
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