Se
realmente fosse possível nós amarmos a Deus acima de todas as
coisas e ao nosso próximo como a nós mesmos, não teria sido
necessária a morte de Jesus na cruz.
O
fato é que NINGUÉM ama a Deus acima de tudo e muito menos ao
próximo como a si mesmo!
Quando
dou ênfase nesses mandamentos, estou sendo demagogo, visto que eu
mesmo não os pratico, e minha pregação tem a nítida intenção de
camuflar a minha vagabundagem na prática do Evangelho que vai muito
além do resumo desses dois mandamentos.
Quem
ama a Deus acima de tudo, não vive para si. Quem ama ao próximo como
a si mesmo, deve dividir absolutamente tudo com o próximo, seu
tempo, seu dinheiro, seu conhecimento; deve cuidar do próximo como
cuida de si mesmo, mas nunca vi ninguém levantar cedo e preparar o
café da manhã para si e para o vizinho da favela; muito menos
dar-lhe banho e providenciar quarto, cama e cobertas. Nunca vi
ninguém ensinando ao desamparado a ganhar o pão diário e a cuidar
de si mesmo.
Vi
sim gente esbanjando dinheiro e tempo com o que é desnecessário e
não ajudando a próximo algum, vemos isso o tempo todo, todos nós
fazemos isso.
Vemos
gente com som num volume absurdo, e fora do horário permitido por
lei, estuprando, currando os ouvidos do vizinho que irá acordar cedo
para trabalhar no dia seguinte e passará o dia todo sonolento e
mal-humorado pela falta de amor ao próximo do vizinho sem noção.
Há
gente de todos os tipos e modelos, mas todos, absolutamente todos
somos egoístas, por isso nos é impossível amar a Deus sob todas as
coisas e ao próximo como a nós mesmos, nem a Madre Tereza fez isso.
A
partir do start inicial fomos escolhendo, e escolhemos oprimir os
mais fracos, roubar-lhes os bens, escravizar seus filhos, tomar suas
mulheres...
Inventamos máquinas de opressão, sistemas políticos, guerras, divindades diversas, religiões diversas, sexos variados; vivemos como se nunca fôssemos adoecer ou morrer. Nossa vida não é a recomendável e muito menos saudável, industrializamos a vida animal, enlatamos e colocamos conservantes e, antes, injetamos hormônios e anabolizantes. Tudo isso e muito mais e ainda nos perguntamos o porquê de tanto sofrimento.
Inventamos máquinas de opressão, sistemas políticos, guerras, divindades diversas, religiões diversas, sexos variados; vivemos como se nunca fôssemos adoecer ou morrer. Nossa vida não é a recomendável e muito menos saudável, industrializamos a vida animal, enlatamos e colocamos conservantes e, antes, injetamos hormônios e anabolizantes. Tudo isso e muito mais e ainda nos perguntamos o porquê de tanto sofrimento.
O
fato é que somos a praga do planeta, somos como gafanhotos
devorando tudo o que há de bom, destruindo a natureza e buscando a
aniquilação com as nossas próprias mãos.
Se
não houver Deus, em pouco tempo também não haverá Homem, simples
assim.
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