sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

AMIGOS DA ALEIVOSIA

É impressionante como 90% das pessoas que conhecemos, convivemos ou nos relacionamos de algum modo, torcem contra nós. Detestam quando conquistamos qualquer coisa, por mínima que seja, sentem-se ofendidas ao adquirirmos um bom emprego, ou um carro; ao passarmos num concurso público ou financiarmos uma casa para pagarmos o resto da vida.

É aquela famosa disputa: “quem é menos miserável do que eu?” e, na eminência de alguém do nosso convívio adquirir uma migalha qualquer de qualquer coisa boa para ela, à inveja se apossa do infeliz que torce o nariz, coloca um sorrisinho falso do demônio da cara e diz: “que bom” ou mesmo, se estiver mais doente que o normal, nem mesmo diz nada, até vira a cara como se não tivesse visto. E se puder nos prejudicar, faz de imediato, mas sempre camuflado de gente boa, afinal, esse ser ignóbil julga-se uma boa pessoa. ”Inveja eu? Jamais, imagina!”.

Essa é a pior espécie de “gente” que existe: os histriões, os camuflados, os demônios disfarçados de gente boa, inimigos não declarados.

Hipócrita é a palavra, pois hipócrita significa alguém que usa máscara e interpreta no palco, no caso citado, um ator no palco da vida. E o mundo está cheio de histriões disfarçados de gente, já que o pior dos inimigos é aquele que se passa por amigo.

Por isso acho fundamental conhecermos um pouco da psicologia da Gestalt e a Behaviorista de Skinner, já que esse conhecimento nos ajudará a desmascarar os hipócritas aleivosos.

Pior é sabermos quem são os capirotos e não podermos desmascará-los definitivamente em público por causa das imposições das regras sociais ou por não podermos por motivos de força maior e, ainda por cima, termos de aguentar seus fingimentos para não sermos ainda mais prejudicados pela perversidade alheia. Isso acontece, por exemplo, no trabalho, quando somos forçados a conviver diariamente com um cramunhão da morte e o nosso bom senso nos manda calar. Ou com sogros, que fingem simpatizar conosco, ou genros, ou tios, mas que por trás puxam o tapete o tempo todo; ou irmãos que têm rixas, ou enteados, enfim, há inúmeras ocasiões onde temos que suportar o insuportável para que a situação não piore ainda mais.

Também podemos observar os perfis familiares, a cultura familiar, pois cada família possui a sua cultura própria, por exemplo: há famílias de todos os tipos e modelos, algumas são formadas por gente desligada, sem frescuras, tipo rústica e sem verniz; outras por gente supostamente bem educada, adestradas nos convívios sociais, bem educadas, mas que como a rústica, tem seus podres.

Claro que não há gente perfeita, mas há gente melhor e gente pior; gente consciente e gente inconsciente; gente de fé e gente sem fé; gente com esperança de um mundo melhor e que trabalha por isso e idiotas que fazem de tudo para piorar o mundo a vida e as pessoas que aqui habitam.

De fato há pessoas de todos os níveis nesse planeta, a maioria é gado no curral da inconsciência coletiva manipuladora nessa fábrica de idiotas chamada sociedade do planeta Terra. E tudo contribui para idiotizar: educação, cultura, mídia, religião, preconceitos, família, sociedade... Todos tomados pela tanatofobia e o pavor do futuro desconhecido. Covardes medrosos que se escondem da verdade e buscam a cegueira em todos os níveis. Por isso buscam anestésicos, álcool e outras drogas como ansiolíticos ou religiões que podem somente abobalhar, mas que não têm o poder de pacificar o ser, por isso cuidam tanto da vida alheia, para desviarem o olhar da sua terrível pobreza espiritual.



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