Pessoas que confiávamos para
emitir pareceres técnicos se digladiam todos os dias mostrando opiniões
contrárias de um mesmo acontecimento. Ficamos sem saber quem mente e quem fala
a verdade.
Para ocultar a verdade, inserem
mentiras e mais mentiras entre os estudos. A ciência tornou-se obsoleta porque
o que dizem ser científico deixa de ser, conforme a pessoa que está falando, a
militância não deixa pedra sobre pedra que discorde dela, mesmo que haja provas
científicas e autoridade competente explicando.
Dividiram-se as pessoas entre a direita
e a esquerda e não sabemos quem é mais louco, insano e mau caráter que o outro.
Nada além de firmar seus pontos de vistas importa, relativizou-se a família, os
amigos e tudo o mais, agora só importa lutar para que a nossa ideologia
política vença a outra.
A verdade está somente com um
grupo e esse grupo fará qualquer coisa para prova-la. Vidas realmente não
importam mais, muitos morrem por suas ideologias, haja vista a quantidade de
pessoas dispostas a morrer sem tratamento precoce porque supostamente não
funcionam. Logo, se é o único recurso que temos, então morreremos, pois é
melhor morrer do que dar o braço a torcer ao inimigo.
Tudo pela destruição, tudo pela
morte dos oponentes, tudo para que inauguremos a miséria de todos para que
todos possam ser iguais. A inveja que sentimos daqueles que trabalharam e
conquistaram é tamanha que não podemos deixa-los sobreviver, precisamos
impedi-los de ganhar o pão e de preferência assistirmos sua decadência até que
atinjam o nosso nível de miséria.
A moda é vociferarmos a
indignação pelas centenas de milhares de mortes de pessoas que nunca
valorizamos, pois esses são somente números que nos ajudam nos embustes e
sofismas ideológicos que usamos para derrubar tudo o que resta da civilização
ocidental.
Agimos como demônios com ferrões
de escorpiões, asas de morcegos e o fogo dos dragões agitados no espaço
procurando os oponentes para tragar. Não nos interessa nada além do caos e da
catástrofe, apenas danos, dores e mortes.
Somente assim, quando destruirmos
tudo o que as gerações passadas levaram milhares de anos para construir,
poderemos brigar pela herança para que da miséria construamos o mundo perfeito,
socialista e igualitário que sonhamos. Miséria para todos é o nosso lema! Se
não tenho competência para construir, destruo a todos que tiveram, afinal,
ninguém é mais importante do que eu.
Cláudio Nunes Horácio
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