É imprescindível enxergarmos as pessoas como de fato são: os
avarentos; os gananciosos; os mentirosos; os manipuladores; os demagogos; os
políticos; os egoístas, os moralistas; os ateus na prática, que se dizem
cristãos, mas que sua conduta nos denuncia o contrário.
Não digo isso para julgá-los e nem para condená-los, mas
protegermos o nosso coração deles, visto que a nossa bondade não pode ser cega.
Não podemos andar tateando a realidade, mas é preciso que a olhemos de frente
para que nos inteiremos de qual seja ela.
Não tapar o sol com a peneira é vida, é sabedoria.
Balança desigual é pecado, jamais permita que haja dois
pesos e duas medidas. Quem não lhe visitou na enfermidade não pode cobrar
visita quando a dele chegar, simples assim!
Quem nada faz por ti não pode lhe obrigar a fazer por ele,
mesmo que a cara de pau e o descaramento dessa pessoa sejam a tal ponto de lhe
cobrar.
Os palavrões foram inventados justamente para serem usados
nesses momentos, quando o abuso é tamanho que palavras normais não descrevem a
indignação que estamos sentindo como o velho e bom “vá a puta que o pariu!”.
Palavrões são verbalizações explicitas de indignação justa,
quando a cara de pau da pessoa é tamanha que lhe cobra sem nunca lhe ter lhe
dado nada.
Se não lhe devemos nada e a pessoa tem a ousadia de nos
cobrar, então, não nos resta alternativa, senão, usar a força das palavras
chulas, irmãs dos folgados da face de madeira, envernizadas de descaramento
malicioso e perverso.
Cláudio
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